segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

DESABAFOS SOLTOS DE UM DIA DE CHUVA




Guardo-me no silêncio das coisas que não são ditas... consumo-me nelas, quero respirar, mas algo me sufoca, opto por um suspiro e depois toda a mesma sensação volta a estar presente.
É um cansaço que me invade uma e outra vez, que me aspira o pouco que resta da minha vontade de ser e me castra de dia para dia.
Quero acordar sem este peso e usufruir do meu sorriso, mas não posso ser eu, expontânea nas minhas criticas, conversas, acções, risos, choros, sem que seja vitima da critica severa, eu deixo de ser eu, para passar a ser um desejo do que devo ser...
Limitada nesta castração vejo-me redimida a aceitar e acreditar no que me é de certa forma impingido que seja... arrogante e com mau feitio, conflituosa e longe de ser uma senhora porque apenas sou um objecto sexual ao olhos masculinos...
Contudo acredito que ainda haja algo do que sou de verdade cá dentro de mim, que se escondeu neste silêncio apenas porque se cansou de ser ignorado do que é!

By Claudisabel