sábado, 1 de dezembro de 2007

Atada ao tempo


Deus porque nos concedes o tempo?
Se muitos não sabem que fazer com ele e tantos outros, desesperam por ter mais um pouco, antes de um ultimo rufo de suspiro.
Se ele vai e volta nas voltas que dá aos dias e nas insónias que vigia à noite.
Tempo oh Tempo...
Senhor porque lhe deste tanto poder? Somos a pequenez dos seus passos, a fragilidade dos seus movimentos, e a morte dos seus suspiros.
No seu silêncio e sem que ninguém de por ele avança a uma velocidade vertiginosa, desafia tudo, desafia todos, como um poderoso imortal, que se auto-renova dia após dia. O seu alimento maior, é a alma de cada um que se confronta no seu desígnio de viver. Diz-me meu Deus somos errantes... somos pecadores... mas não o é o Tempo também? Todos os dias quando mata o dia para dar lugar à noite? Quando rouba a magia do cintilar das estrelas para dar lugar ao céu azul celeste.Troca as pessoas os factos os acontecimentos, confundido-me uma e outra vez, como se tivesse prazer em ver-me tropeçar nos meus próprios pés vezes sem fim. Não será esse tempo cruel quando não dá tempo a quem o precisa? Não será injusto quando o concede a gente que o perde sem sentido? Diz-me Deus porque não me quero sentir perdida dentro deste relógio absurdo, em que o tempo, a quem tu tanto poder concedeste, me enclausurou, nas suas jogadas estereotipadas da vida. A sua vigília mortifica o meu eu e apaga-o como uma chama que se apaga com um leve sopro do vento.

By Claudisabel

Nenhum comentário: