sábado, 17 de fevereiro de 2007

Brincar de faz de conta



A vida não passa de uma realidade utópica, vistas pelos olhos de uma criança e sem discernimento para a definir de tal forma. Uma criança fantasia o seu mundo, brinca no faz de conta, cria mil e uma imagens de si e dos que a rodeiam, inventa que é e pode ser tudo e todos, mas na sua irreverente inocência, não tem noção que isso não passa de uma construção do seu próprio caracter, em busca da sua própria identidade... ou seja é admissível, compreensivel, conclusivo. Mas será de igual modo aceitavel que um adulto vista uma capa... encarne um personagem e crie ilusão em forma de realidade, a quem o ama e rodeia????
Ou poderei considerar que a moral de tal prática é um reflexo de imaturidade, ou, quem sabe até de cobardia de alguém que se recusa a crescer. Poderá um adulto assim pensar que só assim consegue algo da vida... e na vida? Facto é que cada dia que passa encaro verdadeiros profissionais de representação da vida real, situação esta que me deixa extremamente indignada, e por vezes sem saber... se deva entrar nessa peça ou manter-me meramente atrás do pano... a marcar o ponto.
Mas no final de tudo, o que é ser-se criança??? É a melhor fase da vida. Sim, é!
Mas será, que só sabemos valorizar... e tomamos noção disso, tarde demais?!

Um comentário:

Anônimo disse...

A criança que fomos, nunca vai embora, nunca desaparece das nossas vidas...por momentos pensamos já ser adultos porque a idade vai passando, ao mesmo tempo que a vida também passa por nós...mas nalgum momento, nalguma situação, ela reaparece e acabamos por encarnar os nossos antigos papéis de crianças...É bom parar no tempo e perceber que essa criança permanece bem junta do nosso coraçãozinho!
Por vezes, chamam-me criança...deveria ficar ofendida, mas não...a minha alma sorri por dentro, pois consciencializo-me que ela nunca me largou!Por isso, não quero ser adulta, quero continuar a crescer na fantasia e na ilusão de que o mundo em que habitamos é simplesmente, algo maravilhoso e que neste mesmo mundo não existem pessoas más...Gosto de viver no meu conto de fadas...
(ana Rita) Bijinhu*